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Um dos desafios na hora de desenvolver produtos inovadores é encontrar metodologias, práticas e estratégias que proporcionem fluidez e assertividade ao processo. O Design Sprint vem suprindo positivamente essa demanda, ajudando a estruturar e a tornar o brainstorming mais dinâmico.
Se você nunca ouviu falar no termo, o Design Sprint vem do inglês e surge da combinação de duas palavras: design, que significa projeto, e sprint que pode ser compreendido como arranque, velocidade.
Sendo assim, a ideia do Design Sprint é estruturar um projeto em um prazo curto, no caso até cinco dias, passando pela conceituação, ideação, criação de funcionalidades e teste de implementações.
O Design Sprint pode ser muito interessante para quem precisa desenvolver um software, por exemplo, e quer validar a ideia antes de investir efetivamente no seu desenvolvimento. Quer saber o que é Design Sprint e como ele pode beneficiar o seu projeto? Continue a leitura.

O que é Design Sprint?
Design Sprint é uma metodologia ágil criada por Jake Knapp, em 2010, com o objetivo de construir um produto e apresentar a solução para seu problema em cinco dias. Na época, Jake Knapp era Designer no Google Ventures, e após criar a metodologia colocou em prática mais de 80 Sprints em startups.
Em 2017, lançou o livro Sprint: O Método Usado no Google Para Testar e Aplicar Novas Ideias Em Apenas Cinco Dias, onde detalha seu método inovador para tirar ideias do papel sem perder tempo com reuniões pouco produtivas. Com ações bem planejadas, o Design Sprint melhora a eficiência do trabalho e permite testar junto ao cliente o protótipo de uma ideia.
Mas como será que Jake Knapp teve essa ideia? Bem, tudo começou quando Knapp buscava uma forma de tornar as reuniões de brainstorming do Google mais dinâmicas e de fato produtivas.
A metodologia começou a ser desenhada durante uma viagem a Estocolmo, em 2009. Jake Knapp estava na cidade para trabalhar com outros dois profissionais, os engenheiros Serge Lachapelle e Mikael Drugge, no desenvolvimento de um software de videoconferências, e não tinha muito tempo.
Juntos, eles começaram a criar o protótipo do que viria a ser o tão popular Google Hangouts, e alguns anos mais tarde, em 2012, Knapp apresentou e colocou em prática a metodologia para o Google Ventures.
Como funciona o Design Sprint?
Durante cinco dias, uma equipe multidisciplinar se reúne para fazer uma espécie de brainstorm, porém com objetivos bem definidos e melhor estruturados. Por se tratar de uma metodologia ágil, o Design Sprint deve ir progredindo ao longo de cada dia e ele será muito bem-sucedido se a equipe conseguir chegar a uma solução que supre as necessidades do cliente.
Até porque, o que o cliente atendido deseja é que a sua dor seja solucionada através de um produto ou serviço inovador, que traga benefícios aos seus usuários. Para isso, todos os profissionais envolvidos atuam com foco na concepção, ideação, construção e testes, se mantendo atentos a possíveis falhas que possam prejudicar a implementação do produto.
Por conta dos bons resultados, e principalmente da proposta de testar e aplicar novas ideias em um prazo curto, o Design Sprint tem sido uma das metodologias de desenvolvimento mais utilizadas na criação de aplicativo, software ou produtos digitais em geral.
O processo costuma ser pautado por três conceitos importantes e que garantem um resultado eficiente: a boa interação entre a equipe, a praticidade (ir direto ao ponto) e a colaboração de todos na busca pela melhor entrega possível.
Em quais situações o Design Sprint deve ser usado?
Embora a metodologia ágil do Design Sprint possa ser aplicada em diferentes situações e tipos de projetos, existem três casos mais específicos que normalmente a equipe identifica que o Sprint deve ser usado. Vejamos a seguir:
1 - Projetos com prazos muito curtos
Se o cliente tem pressa e precisa que o produto seja desenvolvido em um prazo bem curto, fazer um sprint poderá ajudar a otimizar o tempo e validar a ideia do cliente o quanto antes. O mais importante é sair do zero e validar as hipóteses através de uma dinâmica enriquecedora.
2 - Direcionar projetos estratégicos
Mesmo em projetos com prazos maiores, o Design Sprint deve ser aplicado como forma de melhorar a interação e diminuir os obstáculos. Ao tornar mais claro o objetivo do produto a ser desenvolvido, as chances de conseguir fazer uma entrega mais assertiva aumentam.
3 - Projetos que estão demorando para sair do papel
Clientes que chegaram com uma ideia, apresentam até alguns esboços, mas simplesmente não conseguem tirar o projeto do papel. É muito comum ideias excelentes serem deixadas de lado porque não há um direcionamento e as pessoas se sentem perdidas na hora de realizar.
Em situações do tipo, fazer um sprint pode ajudar a sair da inércia e a conduzir o processo em cinco dias de muito foco, com uma equipe multidisciplinar que dará insights valiosos.
Outras situações que vale fazer um Design Sprint são:
- Início de projetos desafiadores;
- Projetos já em andamento, mas que estão travados ou com dificuldades em algumas etapas;
- Obter insights para melhorar projetos já existentes;
- Integração de equipes.
A software house responsável em conduzir o projeto, juntamente com sua equipe, vai avaliar todos os pontos antes de sugerir a Design Sprint. De qualquer forma, é importante considerar os objetivos que se deseja atingir ao final do processo, assim como o orçamento disponível, pois são detalhes que poderão nortear se a metodologia é a melhor solução para o momento.
Aqui na Attri, por exemplo, já realizamos Design Sprints para melhorar a disposição das informações no site de uma escola de idiomas, construir um software de visualização e compartilhamento de raio X odontológico, construir um app para pensionistas da Suíça e para aumentar as conversões de leads do próprio site da Attri. A aplicação do método é realmente muito diversa, desde que se tenha um objetivo claro e uma forma de testá-lo.
Conheça os tipos de Design Sprint
Durante uma palestra da gerente de Design do Google, Kai Haley, a profissional destacou quatro tipos de Design Sprint. Vejamos:
Design Sprint de Produto
Trata-se da aplicação mais tradicional da metodologia ágil e pode ser bastante útil para traçar ideias sobre a melhor jornada do usuário, gerar insights que contribuam para aprimorar a experiência, identificar problemas, falhas e sugerir melhorias, testar funcionalidades, além de propor ideias que melhorem o engajamento do usuário com a aplicação.
Durante o Design Sprint de produto, a equipe pode entregar ainda protótipos de baixa e média fidelidade para que as funcionalidades sejam testadas, além de protótipos clicáveis para verificar os fluxos de usuário e aprimorar o que for necessário.
Design Sprint de Processo
Para que uma empresa opere com excelência, e principalmente de forma eficiente, é preciso otimizar os processos organizacionais. Com a ajuda do Design Sprint, é possível melhorar diversos tipos de processos, como a contratação de novos colaboradores, o fluxo de trabalho da equipe de criação, implementação de novas ferramentas, entre outros.
A ideia é usar mapas que ajudem a visualizar o ecossistema ou o novo plano traçado que irá nortear o processo após o Design Sprint.
Design Sprint de Visão
Sabe quando a equipe tem planos de explorar novas ideias e projetos, não pretende dar início no momento, mas está apenas traçando planos futuros? O Design Sprint de Visão é exatamente para situações semelhantes.
Neste caso, a metodologia tem como proposta visualizar como pode ser o produto ou serviço que será lançado de acordo com datas específicas, oportunidades que possam surgir e até mesmo para ser aproveitado em desafios que surgem ao longo do caminho.
Como o produto só será produzido no futuro, os entregáveis em um Design Sprint de visão podem ser materiais e ferramentas que ajudem as equipes a ter uma visão do que será a solução. Podem ser usados slides, vídeos, protótipos, mapas mentais, entre outros.
Design Sprint Mirando a Lua
Entre os tipos de Design Sprint, o Mirando a Lua é mais um exemplo de como aplicar a metodologia em projetos. Similar ao Design Sprint de Visão, o Mirando a Lua tem como proposta inovar e imaginar um produto ou serviço para explorar novas possibilidades.
Não significa exatamente inventar a roda, mas reimaginar coisas já em uso com o intuito de aprimorá-las. Por exemplo, como seus clientes compram produtos na sua loja virtual atualmente e como essa experiência poderia melhorar com um componente mais inovador?
Nos exemplos de Design Sprint Mirando a Lua, você pode descobrir novas maneiras de monetizar ou de fidelizar clientes, por exemplo, aumentando os esboços e mapas de ideias.
Como o Design Sprint é organizado?
Talvez você esteja se perguntando, mas como o Design Sprint funciona na prática? Como comentamos anteriormente, o método é organizado em cinco dias e em cada um deles há etapas definidas para os profissionais trabalharem com bastante foco.
Dia 1, segunda-feira - fazer um mapa e escolher um alvo
O primeiro dia é reservado para definir e compreender melhor onde se deseja chegar. É o momento em que a equipe faz uma imersão e acontecem as primeiras interações. Geralmente, ainda na manhã, deve-se definir o objetivo que pode ser de médio a longo prazo.
O gestor ou cliente atendido da empresa pode apresentar e falar de suas expectativas em relação ao produto ou serviço que pretende construir, ou ao objetivo que deseja ao final da Sprint. (A ideia aqui é fazer uma apresentação à equipe do problema para que juntos possam chegar a uma solução).
Dia 2, terça-feira - explorar ideias e esboçar soluções
Alguns profissionais da área adeptos do Design Sprint consideram o dia 2 também como uma etapa de divergência. É um momento parecido com o brainstorming, onde cada um da equipe tenta apontar possíveis soluções e buscar inspirações.
As ideias existentes e apresentadas no dia anterior podem ser revistas e aperfeiçoadas. Para que tudo possa fluir melhor e ser uma dinâmica produtiva, é essencial criar um ambiente de incentivo e acolhimento para que cada membro da equipe possa se expressar e contribuir. A parte da tarde é reservada para a criação de esboços individuais com a solução do problema.
Dia 3, quarta-feira - hora de tomar decisões
Com as entregas de soluções do dia anterior, no dia 3 se inicia uma análise mais detalhada de cada uma das ideias apresentadas. Pode ser bem desafiador optar por uma solução, sendo assim, a equipe deve se pautar pelas ideias que mais apresentam oportunidades de alcançar o objetivo, através de votações.
São desenhados possíveis mapas de jornada do usuário e storyboards que ajudam a tomar a decisão que levará a próxima fase, que é a criação do protótipo.
Dia 4, quinta-feira - construir o protótipo
Hora de colocar a mão na massa e criar um protótipo realista a partir do storyboard do dia anterior. O objetivo é desenvolver apenas o necessário para que a ideia possa ser testada e validada.
Nesta etapa, é aconselhável dividir a equipe para que uma seja a responsável pelo desenvolvimento do protótipo e outra crie os roteiros de testes para o último dia. Cada projeto tem as suas particularidades e o segredo é ter organização e encontrar equilíbrio, pois apesar da metodologia apresentar um plano e direcionamentos, não há uma receita pronta.
Dia 5, sexta-feira - testar e validar
O último dia do Design Sprint é reservado para apresentar o protótipo construído e iniciar os testes com os usuários potenciais. Esses usuários podem ser selecionados logo nos primeiros dias pela equipe da Design Sprint.
A aplicação do teste pode mudar de acordo com o projeto, mas entrevistas e observações sobre as possíveis reações durante o uso do protótipo costumam ser muito positivas para aprimorar a solução.
Ao longo dos cinco dias, a equipe consegue apontar um problema, analisá-lo e apresentar a solução com o protótipo já testado por usuários. Com isso, o projeto vai para a próxima etapa com uma visão muito mais ampla e que dará um ritmo diferente e mais assertivo ao desenvolvimento de softwares e aplicativos.
Afinal, qual é a diferença entre Design Thinking e Design Sprint?
Foi na década de 80 que o Design Thinking começou a ser utilizado, e até hoje a abordagem auxilia na hora de pensar e debater problemas. Ao entender processos e métodos que designers usam ao criar, se torna mais fácil buscar formas de inovar na hora de desenvolver produtos.
Já o Design Sprint é uma metodologia passo a passo que se baseia no Design Thinking, com o intuito de conseguir resultados de forma prática, enquanto Design Thinking tem uma proposta mais de reflexão, livre pensamento e expressão. Assim, fica mais fácil entender a diferença entre Design Thinking e Design Sprint.
Vantagens do Design Sprint
Ao aplicar a metodologia ágil do Design Sprint no desenvolvimento de produtos e soluções digitais, toda a equipe consegue obter uma visão 360° de um problema e ampliar o leque de possibilidades e perspectivas que ajudarão na hora de inovar.
Veja a seguir algumas das principais vantagens de usar o Design Sprint para aprimorar seus projetos:

A Attri te ajuda a aplicar o Design Sprint
Gostaria de testar e validar uma ideia o quanto antes e não sabe muito bem como começar? A metodologia do Design Sprint tem o passo a passo ideal para você sair do zero e levar seu projeto mais longe.
Contamos com uma equipe multidisciplinar no desenvolvimento de aplicativos, software e produtos digitais em geral. Caso queira esclarecer alguma dúvida que tenha ficado sobre Design Sprint, converse agora com nossos especialistas.

Quem escreveu este conteúdo:
Attri
Consolidada entre as principais empresas de Tecnologia e Usabilidade do Brasil e com mais de 12 anos no mercado, trabalhamos para resolver os problemas de sua empresa, gerando um impacto real nos seus resultados.
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